•EBITDA recua 2,8%
•Resultado Líquido desce 13,7%
•Resultado Líquido recorrente cresce 6,8%
•Resultados Financeiros melhoram 19,2%
•Qualidade de serviço mantém-se em níveis excecionais sem qualquer registo de interrupções relevantes
A REN - Redes Energéticas Nacionais, apresentou hoje os resultados anuais relativos ao ano de 2016, registando um decréscimo do resultado líquido para €100,2M face aos €116,1M do período homólogo. A quebra de 13,7% nos resultados líquidos anuais reflete sobretudo os ganhos não recorrentes registados, em 2015, com a venda da participação na Enagás e um crédito fiscal de €9,9M. De forma negativa, pesou a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE), no valor de €25,9M.
Em termos recorrentes, o resultado aumentou cerca de 7% para €126,1M.
Por seu lado, os resultados financeiros melhoraram 19,2% para -79,9M. A contribuir para esta prestação esteve a redução do custo da dívida para 3,2%, face aos 4,1% de 2015. A REN manteve o seu perfil de financiamento e continua a ser a única empresa portuguesa com três ratings de investment grade, na Fitch, Moody's e S&P.
O EBITDA situou-se nos €476,0M, uma quebra de 2,8% face a idêntico período de 2015, refletindo os já mencionados ganhos com a venda da participação da Enagás em 2015, e a redução na remuneração dos ativos de gás natural à luz do novo quadro regulatório 2016-2019.
O CAPEX ascendeu a 171,5M (€240,4M em 2015), enquanto as entradas em exploração atingiram os €154,2M (€231,6M em 2015) em 2016. No período homólogo, ambas as componentes beneficiaram da aquisição de duas cavernas de armazenamento subterrâneo de gás natural à Galp Energia.
A 19 de fevereiro de 2017 a REN, adquiriu uma participação de 42,5% no capital social da Electrogas S.A. à ENEL Generación Chile S.A por $180M. A operação, iniciada em 2016 e totalmente financiada por linhas de crédito existentes, constitui um marco importante na internacionalização da REN, em linha com o Plano Estratégico para 2015-2018.
A nível operacional, destaca-se em 2016 o consumo de energia elétrica em Portugal que atingiu o valor mais elevado dos últimos cinco anos com 49,3 TWh, ficando apenas a 5,6% do máximo histórico registado em 2010, comportamento idêntico ao do gás natural, cujo consumo registou o valor mais elevado desde 2011, atingindo os 55,8 TWh.
Em 2016 a produção renovável abasteceu 57% do consumo de eletricidade (incluindo o saldo exportador), face a 47% no ano anterior. Considerando apenas o consumo nacional, a produção renovável seria equivalente a 63% do consumo. As centrais hidroelétricas abasteceram 28% do consumo, as eólicas 22%, as centrais de biomassa, incluindo centrais clássicas e cogeradores, 5% e as fotovoltaicas 1,4%. Nas não renováveis, as centrais a carvão abasteceram 21% do consumo e o gás natural, incluindo ciclo combinado e cogeradores, igualmente 21%.
A qualidade do serviço manteve-se em níveis muito elevados, com o Tempo de Interrupção Equivalente da eletricidade (TIE) a manter-se em mínimos (20,4 segundos, 13,8 dos quais devido aos incêndios de grande dimensão na região de Viana do Castelo). O gás natural assegurou em 100% as necessidades de consumo.
Estes resultados demonstram o papel essencial das infraestruturas nacionais de gás natural e eletricidade na garantia de abastecimento dos consumos. Estas são planeadas e concebidas para dar resposta às exigências coincidentes dos consumidores, assegurando o seu pleno abastecimento sem restrições de consumo, garantindo assim o exercício das atividades produtivas que delas dependem.
A 11 de Maio vai realizar-se a AG da REN onde o Conselho de Administração irá propor o pagamento de um dividendo de 17,1 cêntimos por ação, relativo a 2016, valor em linha com o de 2015 e com a política de dividendos da empresa.