A REN- Redes Energéticas Nacionais, apresentou hoje os resultados anuais relativos ao ano de 2015, registando um aumento dos resultados líquidos da empresa de 3%, para €116.1 M, em comparação com igual período do ano anterior.
Esta melhoria deveu-se sobretudo de três fatores: a melhoria significativa dos resultados financeiros que se traduziram num aumento de €14.9M, a venda da participação na Enagás, €16.1M e a um crédito fiscal de €9.9M. De forma negativa, pesou a menor remuneração dos ativos e a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE).
O EBITDA situou-se nos €489.7M (-3.1%), uma quebra de 3,1% face a idêntico período de 2014 explicada pela tendência decrescente das taxas de juro soberanas no mecanismo de indexação da taxa de remuneração de ativos, mas compensada com os ganhos gerados pela venda da participação da REN na Enagás (+€20.1M, ao nível do EBITDA);
Em 2015, o CAPEX e as transferências para o RAB aumentaram para €240.4M (+€77.1M) e €231.6M (€37.5M) respetivamente, beneficiando da aquisição de duas cavernas de armazenamento subterrâneo gás natural, anteriormente pertencentes à Galp Energia, o que teve igualmente um impacto positivo na evolução do RAB médio que aumentou €56.5M para €3,585.8M. Na sequência desta aquisição, a REN passou a deter a totalidade das infraestruturas de armazenamento subterrâneo de gás natural atualmente em Portugal.
De referir ainda que em Novembro a REN assinou com Banco Europeu de Investimento (BEI), um acordo de financiamento a longo prazo de €80M, a primeira tranche de um total de €200 M, que se destina a financiar os projetos de extensão e melhorias a rede de transporte de energia.
Ainda no ano passado, a agência de notação financeira Standard & Poor´s subiu o rating da REN para investment grade. A REN passou assim a ser investment grade nas três maiores agências de notação financeira e a ser a empresa portuguesa com melhor perfil de risco. Estas revisões refletem a sólida estratégia de financiamento que dotou a empresa de condições de refinanciamento mais competitivas junto dos seus credores.
O ano foi marcado por uma diminuição do custo médio da dívida, que se traduziu em melhores Resultados Financeiros e contribuiu para o crescimento do Resultado Líquido, comparativamente ao ano transato.