Após o primeiro semestre em que se registou alguma recuperação, o ano de 2014 terminou com o consumo a baixar 0,7%, mantendo-se, no entanto, em linha com os valores do ano anterior, considerando os efeitos de temperatura e dias úteis. Pelo segundo ano consecutivo, a variação foi de 0.0%, corrigidos os efeitos de temperatura e número de dias úteis.
O consumo deste ano está 6.5% abaixo do máximo verificado em 2010. No gás, o consumo também evoluiu negativamente com uma variação de -5.4% (-5.4% no mercado convencional e -5.5% no mercado elétrico). No caso do gás, o consumo de 2014 está 22% abaixo do máximo verificado, também em 2010, devido à quebra do mercado elétrico.
A produtibilidade tanto das centrais hidroelétricas como das eólicas, no conjunto do ano, tal como tinha acontecido em 2013, beneficiou das excecionais condições climatéricas registando índices de produtibilidade de 1.27, nas centrais hidroelétricas, e 1.11, nas centrais eólicas. No caso das eólicas tratou-se mesmo do 2.º regime mais favorável de sempre, apenas ultrapassado pelo de 2013.
A produção renovável abasteceu, em 2014, 62% do consumo (hídricas 31%, eólicas 24%, biomassa 5.5% e fotovoltaicas 1.2%) face aos 57% do ano anterior. Nas não renováveis, as centrais a carvão abasteceram 23% do consumo, as centrais a gás natural 13%, enquanto os restantes 2% foram abastecidos com recurso a importação.