07 março 2024

Resultado positivo ancorado num bom desempenho operacional

  • Energia renovável abasteceu 60,6% do consumo em 2023, um recorde no sistema energético português e um dos melhores registos europeus
  • EBITDA de 514,0M€ (+5,5%) e Resultado líquido recorrente de 125,0M€ (+15,1%)
  • CAPEX aumenta para 301.5M€ (+49,6%), reflexo do papel da REN na transição energética
  • Dívida líquida reduziu 4,8%, para 2.421,2M€

A REN - Redes Energéticas Nacionais registou uma sólida performance operacional em 2023, tanto no plano doméstico como a nível internacional.

O EBITDA aumentou 5,5%, para 514,0M€ em 2023, resultado da melhoria da atividade doméstica (+19,3M€), onde se destaca uma redução de custos operacionais; assim como do contributo positivo da atividade internacional (+7,4M€).

O resultado líquido foi de 149,2M€, sendo que o resultado líquido recorrente atingiu 125,0M€ (+15,1% que em 2022). Esta performance resulta da melhoria da atividade operacional (EBITDA +26,7M€) e dos resultados financeiros (+3,4M€), apesar do incremento do custo médio da dívida. Adicionalmente, reflete efeitos não recorrentes, nomeadamente, a recuperação de receitas da atividade internacional e impactos fiscais. O aumento da atividade operacional fez-se acompanhar de crescimento das equipas internas em 4%, tendo-se reforçado, para o atual quadro da empresa de 748 colaboradores.

O forte incremento do CAPEX, para 301,5M€ (+49,6% face ao ano anterior), reflete o foco e compromisso da REN com a transição energética e o seu apoio à política energética do país. As transferências para RAB também aceleraram em 2023, com um crescimento de 59,3M€ (+36,3% comparado com o ano anterior), com a recuperação de alguns atrasos em projetos registados em 2022.

A dívida líquida (excluindo desvios tarifários) registou uma redução de 4,8% para 2.421,2M€, apesar do custo médio da dívida ter subido para 2,5% (1,8% em 2022). Já em fevereiro de 2024, a REN fez a sua segunda emissão de obrigações verdes, no montante de 300 milhões de euros, com uma maturidade a 8 anos e uma procura 7 vezes superior à oferta.

Em 2023, o consumo de eletricidade manteve-se relativamente estável (50,7TWh) frente ao ano anterior, enquanto que o consumo de gás natural diminuiu 20,7% (para 49,0TWh), o registo mais baixo desde 2014.

A energia proveniente de fontes renováveis representou 60,6% do fornecimento total de energia (49,3% em 2022), um ano recorde em Portugal, repartida por 25% de energia eólica, 23% de energia hídrica, 7% de energia solar e 6% de biomassa. Destaca-se o crescimento de 43% (versus o ano anterior) da produção de energia solar, com a REN a desempenhar um papel fundamental no processo de integração destas fontes renováveis no sistema elétrico nacional, possibilitando o cumprimento das metas de transição para fontes de energia renovável.

A sustentabilidade continuou entre as prioridades da REN, em 2023. A empresa atualizou a sua abordagem após ter realizado uma nova consulta às partes interessadas, direcionando esforços para o combate às alterações climáticas, investindo nos capitais Natural, Humano e Social, e na adoção de práticas de governança responsável.

A adoção do modelo de Relatório Anual Integrado refletiu o alinhamento com as diretrizes internacionais para relato de informação não-financeira, e as metas de curto prazo relacionadas com as emissões diretas e indiretas, estabelecidas pela REN, foram aprovadas pela Science Based Target Initiative.

O investimento e desempenho efetuado nas três dimensões ESG continuaram, em 2023, a ser reconhecidos pelos principais ratings de sustentabilidade.

Tendo em conta os resultados de 2023, o Conselho de Administração da REN vai propor, na Assembleia Geral de Acionistas a realizar no dia 9 de maio, o pagamento de um dividendo de 9 cêntimos por ação e mantendo o seu plano de remuneração anual de 15,4 cêntimos por ação paga em duas tranches.


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