No primeiro semestre de 2024, o EBITDA da REN – Redes Energéticas Nacionais foi de 257,8M€. A diminuição do EBITDA (-2,7%) reflete uma variação negativa da atividade doméstica (-2,4M€) e internacional (-4,7M€). Para a variação da atividade doméstica contribui o esperado efeito negativo da nova regulação do segmento do gás. A performance internacional resulta do reconhecimento de um proveito extraordinário de 4,0M€ em 2023. Como antecipado, o resultado líquido atingiu 48,6M€ (-14,4M€), consequência da menor contribuição do EBITDA (-7,1M€) e resultados financeiros mais baixos (-11,0M€).
Os custos operacionais diminuíram para 93,8M€ (-1,4%), apesar do crescimento da atividade operacional e do aumento do número de colaboradores de 737 para 774 (+5%). A REN tem procurado fortalecer as suas equipas operacionais para garantir a adequação da sua estrutura aos desafios da descarbonização e ao cumprimento das ambiciosas metas da transição energética.
O CAPEX atingiu 135,4M€, um aumento de 23,6M€ em comparação com o primeiro semestre do ano passado, impulsionado pelos investimentos na rede elétrica em Portugal para, entre outros motivos, garantir a ligação à rede de novos centros electroprodutores de matriz renovável, no âmbito da política energética nacional.
A dívida líquida situou-se em 2.679,8M€. Não considerando o efeito dos desvios tarifários, a dívida atingiu 2.426,9M€. O custo médio da dívida subiu para 2,8%, o que compara com um custo médio de 2,4% registado no período homólogo do ano anterior, mas em linha com o valor observado no primeiro trimestre deste ano.
O consumo de energia elétrica no plano nacional registou um crescimento homólogo de 1,6%, ou 2,5% corrigindo os efeitos de temperatura e número de dias úteis. A produção renovável abasteceu 82% do consumo, o registo mais elevado no primeiro semestre dos últimos 45 anos. A produção hidroelétrica abasteceu 39% do consumo, a eólica 28%, a fotovoltaica 9% e através da biomassa 6%. A produção a gás natural abasteceu 8% do consumo e os restantes 10% correspondem ao saldo importador. O consumo de gás natural reduziu 19,0% em relação ao período homólogo, com o segmento convencional a registar um aumento de 3,4%.
A REN manteve elevados níveis de qualidade de serviço, registando um tempo de interrupção equivalente de 0,00 minutos na transmissão de eletricidade, e uma taxa combinada de disponibilidade de 100% no transporte de gás. No primeiro semestre de 2024, a REN continuou a reforçar iniciativas orientadas a um bom desempenho ambiental, tendo registado uma redução nas suas emissões de âmbito 1 e 2 de cerca de 34% face ao primeiro semestre de 2023.