08 maio 2025

Resultados 1T2025: mantendo a tendência de crescimento

- Produção renovável abasteceu 80,5% do consumo de eletricidade
- EBITDA 128,9M€ (+0,1M€), em linha com 2024
- CAPEX cresce para 69,1M€ (+44,4%)
- Dívida Líquida diminui 12,6%, para 2.334.6M€
- Resultado Líquido de 14,4M€ (+10,7M€)

No primeiro trimestre do ano, o EBITDA situou-se nos 128,9M€ (um crescimento de 0,1M€ frente ao mesmo período de 2024), refletindo um ligeiro decréscimo da atividade doméstica (-0,7M€), compensado pela atividade internacional (+0,7M€). Em Portugal, o EBITDA foi sobretudo impactado pelo aumento dos custos operacionais (+2,3M€).

O resultado líquido superou o ano anterior, tendo registado um valor de 14,4M€ (+10,7M€). Para os mesmos, contribuíram não só aumento dos resultados financeiros (+4,6M€), fruto da redução da dívida líquida, mas também efeitos fiscais positivos, que contribuíram para uma redução de impostos (-8,6M€).

O CAPEX continua a registar um forte incremento, tendo atingido os 69,1M€ (+44,4% face ao ano anterior), o que continua em linha com o anunciado no mais recente plano estratégico 2024-27. As transferências para RAB também recuperaram no primeiro trimestre do ano, com um crescimento de 17,0M€ (+638,6%% comparado com mesmo período de 2024).

Os custos operacionais subiram para 28,4M€ (+8,7%), refletindo sobretudo o aumento dos custos de eletricidade (+1,2M€), principalmente no Terminal de GNL de Sines, mas também o aumento do número de colaboradores, de 746 para 758 (+2%), mantendo-se em linha com o crescimento da atividade operacional.

A dívida líquida atingiu os 2.334.6M€, um decréscimo de 335,7M€ (-12,6% versus o 1T2024). Desconsiderando o efeito dos desvios tarifários, a dívida teria diminuído 103,7M€, situando-se nos 2.284,9M€. O custo médio da dívida foi de 2,78% (frente aos 2,77% no mesmo período do ano passado).

O consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 2,7%, para 14,1 TWh, tendo sido o mais elevado de sempre. Neste período, a produção renovável abasteceu 80,5% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 39%, eólica com 29%, fotovoltaica com 7% e biomassa com 5%.

Em termos de consumo de gás, houve uma ligeira quebra de 0,2% no trimestre, para os 11,6TWh. O abastecimento do sistema nacional foi efetuado fundamentalmente partir do terminal de GNL de Sines, 89% do total, com os restantes 11% recebidos através da interligação com Espanha.

A REN viu, também, o seu desempenho em termos ambientais reconhecido com a classificação mais elevada pelo Carbon Disclosure Project (CDP), uma organização sem fins lucrativos que gere o único sistema de divulgação ambiental independente do mundo. A REN foi elevada ao nível A - Climate Change, apenas atribuído a organizações com práticas de excelência.

No dia 21 de abril, a REN adquiriu a TENSA, uma empresa chilena que possui e opera aproximadamente 190 km de linhas de transmissão elétrica. A transação enquadra-se no plano estratégico da REN que prevê, em complemento à estratégia de crescimento orgânico no Chile, a execução de aquisições pontuais de ativos em operação, com uma dimensão e um perfil de risco e de retorno adequados.

Finalmente, e como amplamente divulgado, no dia 28 de abril pelas 11h33 ocorreu um incidente que  a falha geral do Sistema Elétrico Nacional. As causas prováveis ainda se encontram em fase de apuramento, embora tudo aponte para que não tenha tido origem em Portugal. A recuperação do sistema efetuou-se em menos de 12 horas, fruto da coordenação com o Estado Português e demais entidades oficiais, assim como a colaboração com a E-Redes, Red Electrica de España e os produtores nacionais.



;
0:00
/
0:00